Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma Dampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi - os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade. Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola. Mas isso é só o começo. Em O Beijo das Sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar? Richelle Mead dá uma nova face à literatura vampiresca com este romance: mais ácida, apimentada e inteligente do que nunca, a saga dos Moroi e seus guardiões surpreende pelas reviravoltas e pela ousadia desses cativantes personagens.
***Aviso de gatilhos: O livro e a resenha abordam temas como depressão e automutilação. Só leia se achar que pode lidar com estes temas.
Além dos Moroi e Strigoi, existem também os Dhampir (ou dampiros, na tradução dos livros no Brasil), que são metade humano e metade vampiro. Eles são treinados para se tornarem guardiões dos Moroi e protegê-los dos Strigoi e qualquer outro perigo que possa aparecer. Nossa protagonista, Rose Hathaway, é uma dhampir.
Rose decide fugir da escola São Vladimir com sua melhor amiga, a princesa Lisa Dragomir, a última Dragomir, em uma tentativa de proteger a garota. Elas compartilham um laço psíquico, que permite que Rose possa saber o que Lissa está sentindo, quando ela está em perigo e até mesmo, entrar na mente dela. Após conseguirem se esconder entre os humanos por dois anos, elas são capturadas por guardiões e levadas de volta para a escola. E é então que somos apresentados a Dimitri Belikov, o melhor guardião que você respeita e só a minha opinião importa!
- Você foi beijada pelas sombras! Você tem que tomar conta dela! Quanto mais Lissa usar essa magia, pior vai ficar. Impeça-a, Rose. Impeça-a antes que eles descubram, antes que eles descubram e a levem embora também. Tira-a daqui. Salve-a de si mesma!
Os guardiões me explicaram depois que a professora não estava bem e que teria que ser levada para um lugar onde poderia se recuperar. Ela estaria segura e seria bem tratada lá, foi o que eles me asseguraram. Garantiram que iria se recuperar. Só que ela não se recuperou.
De volta a escola, Rose e Lissa precisam se adaptar novamente a rotina da academia. O livro tem uma sucessão de acontecimentos que fazem Rose se lembrar do motivo por ter fugido com Lissa e por isso ela decide se esforçar mais ainda em seus treinamentos, principalmente nos treinos com Dimitri, que assume o papel de seu mentor para que ela possa se graduar junto com sua turma.
Agora vamos dar uma pausa para falar sobre Dimitri. Assim como Rose, ele é um dhampir e foi designado para ser o guardião da princesa Vasilissa Dragomir (sim, esse é o nome da Lissa), mas como ela ainda não se formou, ele dá aulas na academia e acaba se tornando o mentor de Rose, para que ela não seja expulsa e tenha a chance de se tornar a guardiã oficial da princesa depois da formatura. Dimitri é russo e é descrito por outros alunos como um deus pela forma que luta, é extremamente reservado e adora romances do velho oeste. E assim, se você não precisa de mais um crush literário na sua vida, é melhor ficar longe dessa série.
E, em outras circunstâncias – digamos, se ele não estivesse impedindo a nossa fuga desesperada – eu o teria achado lindo.
Antes de começar o livro, tive medo de que ele fosse mais do mesmo (até temi que os vampiros brilhassem), mas Richelle Mead conseguiu criar uma trama bem diferente do que nós estamos acostumados nas histórias sobre vampiros. E ela traz uma protagonista extremamente forte e decidida, que passa longe de uma donzela em perigo que precisa ser salva. Rose é a pessoa quem salva. Ela não tem medo de nada e não mede esforços para ajudar as pessoas que ama, especialmente sua melhor amiga. E o seu amadurecimento nesse primeiro livro, e na série toda, é algo muito incrível e ela faz isso sem perder a sua essência sarcástica e impulsiva. Rose se torna uma versão melhor dela mesma.
Quando vi o filme, eu já sabia que ele tinha sido um fiasco e depois de ler o livro deu para entender o motivo desse fracasso. Eles tentaram criar uma história extremamente adolescente e boba, quando, na verdade, há muito mais nessa trama. Até mesmo os sentimentos da Rose pelo Dimitri são disfarçados como uma paixonite de aluna pelo professor, do tipo que aparece e passa. E não! Não é assim. Na verdade, isso acontece com vários temas mais complicados, como a automutilação de Lissa, mencionada no parágrafo anterior. Talvez justificar tudo como "atitudes de adolescentes" ou "efeitos colaterais" tenha sido uma forma que os produtores encontraram de lidar com esses temas.
Mas o que realmente importa, é que essa saga é incrível e vai muito além da adaptação ruim e da temática de vampiros. Realmente é uma série que vale a pena ler. Vamos combinar que personagens femininas fortes e crush literário nunca são demais para ninguém.
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